Em 74 dias de 2017, Ceará já registrou 762 homicídios. A média é de 10 assassinatos a cada 24 horas
Nas ruas da Capital, 278 pessoas foram assassinadas entre 1º de
janeiro e 15 de março
O estado do Ceará já acumula em apenas dois meses e meio de 2017 (74 dias), nada menos,
762 casos de Crimes Violentos, Letais e Intencionais, os CVLIs, que representam
homicídios, latrocínios e lesões corporais
seguidas de óbito. Os dados foram catalogados pelo cearanews7.com no
acompanhamento diário das ocorrências policiais em todo o estado. A média é de 10 casos por
dia.
Nos primeiros 74 dias do ano, a Capital cearense foi a que
apresentou maior número de assassinatos. Foram 278 casos entre os dias 1º de janeiro e 15 de março. Em seguida, vem a região do Interior Sul, composta por 61 Municípios, onde ocorreram
183 assassinatos.
Em terceiro lugar, aparece a Região Metropolitana de Fortaleza (RMF), com 176 assassinatos em 13
Municípios. E na região do Interior Norte,
com 108 Municípios, foram registrados 125 CVLIs.
O mês de janeiro foi o mais violento do período, com o total de
349 homicídios, conforme informou a Secretaria da Segurança Pública e Defesa
Social (SSPDS, com 123 casos na Capital, 88 na RMF, 45 no Interior Norte e 93
no Interior Sul.
Já em fevereiro, os crimes foram assim distribuídos na estatística oficial: 90 na
Capital, 57 na RMF, 58 no Interior Norte e 64 no Interior Sul,
Março
O mês de março apresentou um total de 144 CVLIs nos seus primeiros 15 dias, com
65 casos em Fortaleza, 31 na região metropolitana, 22 no Interior Norte e 26 no Interior Sul.
Em algumas áreas de Fortaleza, a ação intensiva da Polícia Militar produziu uma queda drástica nos casos de assassinatos. Foi o que aconteceu, por exemplo,
na Grande Barra do Ceará, onde durante uma semana a PM montou a “Operação Marco Zero” e ali houve o registro de apenas um caso de assassinato em oito
dias.
Outros setores da Capital deverão receber ações semelhantes de ocupação policial nas comunidades que apresentam maiores índices criminais,
com atenção especial para os crimes contra a vida.
Por FERNANDO RIBEIRO