O Observatório Social da Petrobras (OSP) e a Federação
Nacional dos Petroleiros (FNP) vão vender o botijão de gás de cozinha a R$ 60,
na próxima quinta-feira (2), em bairros periféricos das cidades paulistas de
São José dos Campos, Santos e São Sebastião e das capitais de Belém (PA) e do
Rio de Janeiro (RJ).
O movimento faz parte da campanha Petrobras para os
brasileiros. A ação foi batizada de Dia Nacional do Gás a Preço Justo e terá
cadastramento prévio nas regiões para a retirada do voucher, que dará direito
ao botijão de gás a R$ 60.
Ao todo, serão vendidas 1.050 unidades com o preço mais
baixo.
– O gás de cozinha poderia custar mais barato, o
equivalente à metade do valor praticado hoje em várias regiões do país – afirma
a FNP em nota.
Em alguns municípios do Mato Grosso, segundo levantamento
da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), o botijão
já é vendido a R$ 130.
O custo de R$ 60 é considerado um preço justo ao
consumidor final, de acordo com pesquisa do Instituto Brasileiro de Estudos
Políticos e Sociais (Ibeps).
– Esse número é fruto da análise da estrutura de custos
da Petrobras, eliminando o PPI (paridade com a importação), modelo que as
gestões da estatal utilizam desde 2016 para definir os valores dos combustíveis
em suas refinarias – explicou a FNP.
De acordo com a entidade sindical, apesar de cerca de 80%
dos derivados do petróleo serem produzidos no Brasil, o PPI segue o mercado
internacional, e, com isso, o consumidor brasileiro paga valor de importação em
um produto nacional.
O presidente Jair Bolsonaro anunciou a retirada dos
impostos federais do custo do botijão de gás, para baratear o produto, e acusou
os estados de não fazerem o mesmo em relação ao ICMS, que pesa 14,9% no preço,
segundo dados da Petrobras. O governo quer fixar o valor do imposto para que
não oscile de acordo com a alta do petróleo.
*AE