Lançada
pela Fundação do Câncer em alusão ao Outubro Rosa, mês da conscientização sobre
o câncer de mama, a campanha Outubro + que rosa tem um objetivo maior que é
alertar sobre a necessidade de cuidado permanente da saúde por parte das
mulheres, e não somente em um período específico do ano.
“A
ideia é chamar a atenção das mulheres para cuidarem de sua saúde, porque a
questão do câncer de mama em outubro é pontual no mundo todo, para chamar a
atenção para o problema, mas não é só isso. É para estar atenta a qualquer
sinal do seu corpo, não esquecer de fazer os exames preventivos, manter hábitos
saudáveis; enfim, todo um conjunto de coisas que são sempre importantes para a
gente lembrar. Por isso é que, na fundação, é sempre outubro + que rosa, disse
à Agência Brasil o diretor executivo da Fundação do Câncer, cirurgião
oncológico Luiz Augusto Maltoni. O slogan da campanha é valorize a sua saúde,
cuide de você.
A
atriz e cantora Isabel Fillardis é a embaixadora da campanha. Ela participa de
uma série de vídeos veiculados nas redes sociais da Fundação do Câncer, fazendo
perguntas relacionadas ao câncer de mama e à saúde da mulher, que são
respondidas por Luiz Augusto Maltoni e pelos consultores médicos da
instituição, Alfredo Scaff e Flávia Miranda. “Precisamos alertar as mulheres
sobre a importância de se cuidar o ano inteiro, mantendo hábitos saudáveis,
além de acompanhamento médico”, salientou Isabell.
Sinais
e sintomas
A
campanha deste ano ressalta a necessidade de não adiar as consultas; fazer os
exames preventivos; manter hábitos saudáveis, com destaque para não fumar.
Maltoni reafirmou a importância de as mulheres prestarem atenção ao
aparecimento de eventuais sinais e sintomas de problemas na mama, como
aparecimento de nódulos, secreção anormal pelo mamilo que não seja leite,
alterações ou retração na pele da mama. “Enfim, sinais e sintomas que chamam a
atenção que alguma coisa não está bem”, reforçou Maltoni.
O
diretor executivo da Fundação do Câncer indicou que esses cuidados valem para
qualquer idade. A mulher que sente alguma alteração nas mamas tem que procurar
um médico do serviço de saúde para investigar, recomendou. Segundo ele, isso é
diferente de quando se fala de rastreamento, ou seja, a realização de exame de
mamografia como prevenção. Nesse caso, a faixa etária que deve realizar
mamografia a cada dois anos vai de 50 a 69 anos, seguida de exame clínico por
um profissional de saúde. “Isso é para aquela mulher que não está sentindo nada,
não tem nenhum sintoma, nem alteração nas mamas”.
Maltoni
informou que, de acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), entre 30% e
40% de todos os cânceres poderiam ser prevenidos ou terem reduzida a incidência
de casos novos se as pessoas mantivessem hábitos de vida saudável. Eles incluem
uma dieta balanceada e rica em fibras, evitar excessos de carne vermelha,
evitar excesso de bebida alcoólica, não fumar, manter atividade física regular,
evitar sobrepeso e obesidade. “Todos esses são fatores de risco não só para
câncer, mas para outras doenças, especialmente as cardiovasculares”. Fumar, em
particular, é considerada pelo cirurgião oncológico “uma catástrofe” para
vários tipos de câncer e para várias outras doenças. “Então, a gente reforça e
destaca essa questão para a pessoa procurar ajuda”.
Neoplasias
No
Brasil, o câncer de mama é a principal causa de morte por câncer no sexo
feminino e constitui a neoplasia mais comum entre as mulheres, sendo menos
incidente apenas que o câncer de pele não melanoma. A estimativa do Instituto
Nacional de Câncer (Inca) é de aparecimento de mais de 66 mil novos casos de
câncer de mama somente em 2022. Outros tipos de câncer mais incidentes nas
mulheres são o do colo do útero, com estimativa de 16.700 casos; o colorretal,
com 20 mil casos novos; e o câncer de pulmão, que responde por mais de 12 mil
casos a cada ano, no triênio 2020-2022, segundo o Inca.
Agência
Brasil